sábado, 29 de julho de 2017

T2 N° 160

Tudo aconteceu em 1862, durante a Guerra Civil Americana e o país estava dividido entre a "União" e os "Confederados", do Sul, quando o Capitão do Exército da União, Robert Elly, estava com seus homens perto de Harrison’s Landing, no Estado da Virginia e o Exército Confederado estava próximo a eles, do outro lado do campo de batalha.

Durante aquela noite, o Capitão Elly escutou os gemidos de um soldado ferido no campo. Compadecido e sem saber de quem se tratava, se este era um soldado da União ou da Confederação, ele decidiu arriscar sua vida e trazê-lo até o acampamento para receber cuidados médicos. Com muita dificuldade e medo, arrastando-se por entre os disparos e as explosões, o capitão chegou ao homem ferido e começou a arrastá-lo até o seu acampamento. Quando ele chegou finalmente às suas próprias linhas, descobriu que na realidade era um soldado inimigo confederado, mas ele já estava morto e não havia mais nada a ser feito.

Sem um motivo aparente, o Capitão acendeu sua lanterna para, mesmo na penumbra, tentar ver o rosto daquele soldado e, de repente, ficou sem fôlego e paralisado. O motivo?  Tratava-se de seu próprio filho, que estava estudando música numa escola do Sul quando a guerra se iniciou. Sem dizer nada ao pai, o rapaz havia se alistado no exército confederado.

Na manhã seguinte, com o coração destroçado, aquele pai pediu permissão aos seus superiores para dar a seu filho um enterro com honras militares, apesar dele ser um soldado inimigo. Perguntou também se poderia contar com os membros da banda de músicos para que tocassem no funeral de seu filho, o que foi consentido com alguma reserva. Por respeito àquele pai, disseram-lhe que podiam fornecer um só músico. O Capitão então escolheu um corneteiro para que ele tocasse uma série de notas musicais que encontrou no bolso do uniforme do filho, nascendo assim a melodia inesquecível, que hoje conhecemos como "Taps" e que também possuia uma letra, que era a seguinte:

”O dia terminou, o sol se foi
Dos lagos, das colinas e do céu.
Tudo está bem, descansa protegido,
Deus está próximo.
A luz tênue obscurece a visão.
E uma estrela embeleza o céu, brilhando luminosa.
De longe, se aproximando,
Cai a noite.
Graças e louvores para os nossos dias
Debaixo do sol, debaixo das estrelas,
Debaixo do céu,
Enquanto caminhamos, isso nós sabemos,
Deus está próximo.”

Até hoje as pessoas ainda sentem calafrios de emoção, cada vez que ouvem o Toque de Silêncio, mas nunca souberam que ele possuía uma letra e nem sequer tinham idéia da sua história, inclusive eu. Este assunto nos faz lembrar com carinho dos soldados de todo o mundo, que não voltaram das guerras fratricidas e que entregaram suas vidas inutilmente.

Transportando esta história para o âmbito social atual, vemos isto acontecer diariamente, em todos os sentidos da vida humana. O pior é que, nestes dias de hoje, este comportamento se amplia, dia a dia, transformando irmãos em inimigos, onde o poder do dinheiro impera e as virtudes são preteridas, em favor dos respectivos comportamentos opostos a cada uma delas! Pensemos então bastante sobre isto!!!...

          Autor desconhecido .

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