domingo, 3 de dezembro de 2017

T2 N° 787 : CRONOLOGIA

CRONOLOGIA


Vida e obra de Alexandre Dumas

1802, 24 jul: Nascimento em Villers-Cotterêts, a cerca de duzentos quilômetros de Paris, de Alexandre Dumas, filho do general de divisão Alexandre DumasDavy de la Pailleterie e de Marie-Louise Elisabeth Labouret. “Minhas raízes estão em Villers-Cotterêts, cidadezinha do departamento de Aisne, situada na estrada entre Paris e Laon … a dez quilômetros de La Ferté-Milon, onde nasceu Racine, e a trinta quilômetros de Château-Thierry, onde nasceu La Fontaine.” 1806: Morte do general Dumas. Marie Labouret passa por dificuldades financeiras e permanece junto a seus pais em Villers-Cotterêts. 1815: Durante os Cem Dias de Napoleão, Alexandre Dumas entrevê o imperador no albergue de sua cidade natal. 1816: A sra. Dumas obtém a concessão de uma tabacaria. Dumas conclui sua formação numa escola católica particular e trabalha como contínuo num cartório da cidade. 1818: Torna-se amante de Adèle Tellier. Paixão pelo teatro. Conhece Leuven, futuro autor dramático e diretor do Opéra-Comique. Escrevem juntos dois vaudevilles e um drama. 1823: Vai para Paris e, por intermédio de ex-colegas do general Dumas, é nomeado secretário do duque de Orléans. Sua amante na época é a vizinha Marie-Catherine-Laure Labay, que não demora a engravidar. 1823, 27 jul: Nascimento de seu filho Alexandre Dumas, reconhecido por ele em 17 de março de 1831. Lê Walter Scott, By ron, Fenimore Cooper. Sua mãe instalase em Paris, onde passam a morar juntos. 1825: Escreve, em colaboração com Leuven e Pierre-Joseph Rousseau, um vaudeville, que assina como “Davy ”, encenado sem maiores repercussões no Ambigu. 1826: Publica Novelas contemporâneas, que consiste em três narrativas e alguns poemas. 1827: Assiste entusiasmado à turnê parisiense de uma companhia inglesa que representa Shakespeare (muito pouco conhecido na França até essa época). Torna-se amante de Mélanie Waldor, jovem que sonha ser escritora. 1828: Escreve Christine em Fontainebleau, tragédia recusada pela ComédieFrançaise, e o drama histórico Henrique III e sua corte, aceito. Conhece o célebre escritor Charles Nodier, em cuja casa é apresentado aos escritores Victor Hugo, Lamartine, Vigny, Musset e ao pintor Louis Boulanger. 1829: Triunfo de Henrique III e sua corte. Dumas aloja sua mãe doente na rua Madame, instala Catherine Labay e seu filho em Passy e aluga para seu uso um apartamento na rua de l’Université. É nomeado bibliotecário-adjunto do duque de Orléans. 1830: Estreia de Christine no Odéon. A atriz Belle Krelsamer torna-se sua amante. Participa da Revolução de Julho, da qual faz um amplo relato em suas Memórias e correspondência (a Mélanie Waldor, com a habitual imodéstia: “Tive a felicidade de desempenhar um papel digno de ser notado por La Fayette e pelo duque de Orléans … tendo me apoderado de um paiol de pólvora. Provavelmente o duque será o rei …”). 1831: Pede demissão do cargo de bibliotecário. 5 mar: Belle Krelsamer dá à luz uma filha, Marie-Alexandrine, que Dumas reconhece em 7 de março. Consegue na Justiça a guarda do filho, que, depois de uma briga com Belle Krelsamer, passará por diversos internatos. 3 mai: Estreia de Antony, no teatro da Porte SaintMartin, sucesso extraordinário. 20 out: Estreia, no Odéon, de Carlos VII, sucesso popular. 10 dez: Estreia, na Porte Saint-Martin, de Richard Darlington. 1832: Grande sucesso de Teresa. A atriz Ida Ferrier torna-se sua amante. 29 mai: triunfo de A torre de Nesle, escrita por Frédéric Gaillardet e retrabalhada por Dumas. 5-6 jun: depois de se envolver nos levantes republicanos, viaja para a Suíça. 1834: Publica os tomos I e II de suas Impressões de viagem à Suíça. Viaja com os pintores Godefroy Jadin e Amaury Duval para o sul da França. 1835: Viaja à Itália com Ida Ferrier e o pintor Jadin. Publica novelas e poemas. 1836: Publica compilações das Crônicas de Froissart e uma tradução em versos do Inferno, de Dante. Estreia na Porte Saint-Martin de Don Juan de Marana e, no Variétés, de Kean, grande sucesso. 1837: É nomeado cavaleiro da Legião de Honra. Estreia, no Opéra-Comique, de Piquillo, ópera-cômica escrita em colaboração com Gérard de Nerval. Estreia, na Comédie-Française, de Calígula, um fracasso. 1838: Publica dois romances: O capitão Paul e O mestre de armas. 1 0 ago: morte da mãe. Viagem com Nerval à Alemanha. Escrevem Léo Burckart, que Nerval retrabalhou mais tarde e foi encenada em abril de 1839. dez: Por intermédio do próprio Nerval, conhece aquele que será o seu maior colaborador literário, Auguste Maquet, então com vinte e cinco anos. 1839: Publica Novas impressões de viagem: quinze dias no Sinai (nunca estivera lá, escrevendo a obra de acordo com as recordações e desenhos de Adrien Dauzats). Publica Acteu, romance histórico sobre o reinado de Nero. Estreia na Comédie-Française de Mademoiselle de Belle-Isle, encenada mais de quatrocentas vezes entre 1880 e 1884. Instala-se na rua de Rivoli. 1840: Publica cinco romances. Casa-se com Ida Ferrier em fevereiro, partindo para Florença, onde o casal ficará até setembro. 1841: Publica Novas impressões de viagem: o Speronare. jun: em companhia do príncipe Napoleão (filho de Jerônimo Bonaparte), visita a ilha de Elba, a Córsega e, durante uma expedição de barco, vislumbra a ilha de Monte Cristo, um rochedo perdido no mar. Breve passagem pela França, onde comparece ao enterro do duque de Orléans. 1843: Publica quatro romances e Impressões de viagem: o Corricolo. Passa a morar num palacete da rua de Richelieu. Aluga, em Saint-Germain, a villa Médicis, onde residirá até 1846. 1844: Escreve Os três mosqueteiros e o início de O conde de Monte Cristo, que será publicado em 1844-45. Separa-se amigavelmente de Ida Ferrier. Compra em Marly um terreno onde irá construir o castelo de Monte Cristo. 1845: Publica A rainha Margot e Vinte anos depois. Estreia no Ambigu o drama A juventude dos três mosqueteiros, baseado no romance. 1846: Publica quatro romances: O cavaleiro da Casa Vermelha, A dama de Monsoreau, As duas Dianas, O bastardo de Mauléon. Início da publicação de José Bálsamo (primeiro romance da série Memórias de um médico). Funda o Théâtre Historique, que ergue num terreno por ele adquirido no bulevar du Temple. Parte para a Argélia em missão de relações públicas para o governo francês, em companhia do filho, de Maquet e Boulanger, viagem que foi alvo de intensas críticas por parte da oposição. 1847: Retorna a Paris. Inauguração do Théâtre Historique. Tem um caso com a atriz Béatrix Parson. Estreia de A rainha Margot. Conhece Dickens. Instala-se no castelo de Monte Cristo. Publica a continuação de José Bálsamo e o final de As duas Diana. 1848: Publica o final de José Bálsamo e Os quarenta e cinco; início da publicação de O visconde de Bragelonne e de Impressões de viagem: De Paris ao Tânger. Tem um caso com a atriz Celeste Scrivaneck. Participa de diversas manifestações republicanas. Estreia, no Théâtre Historique, de Monte Cristo. Venda do castelo de Monte Cristo. Publicação do primeiro número de Mois, revista dedicada à história e à política inteiramente redigida por Dumas. Fracasso de sua candidatura nas eleições para a Assembleia Constituinte. Graves dificuldades financeiras, com o Théâtre Historique cheio de dívidas. Estreia de Catilina. 1849: Continuação do Visconde de Bragelonne, relatos de viagem, O colar da rainha. No teatro, montagens de A juventude dos mosqueteiros, O cavaleiro de Harmental, A guerra das mulheres, O testamento de César, O conde Hermann, entre outras. 1850: Publica A tulipa negra, A boca do inferno e os finais do Visconde de Bragelonne e do Colar da rainha. No teatro: Urbain Grandier, O vinte e quatro de fevereiro, Paulina. out: Falência do Théâtre Historique. Caso com a sra. Anna Bauër, com quem tem um filho não reconhecido. 1852: Publica Olympe de Clèves e Os dramas do mar. Estreia de Benvenuto Cellini. É assediado pelos credores e vai com Victor Hugo para a Antuérpia. 1853: Publicação de Ângelo Pitou, A condessa de Charny e Isaac Laquedem. Instalase definitivamente em Paris. Cria Le Mousquetaire, jornal diário que será publicado até 1857. 1854: Publica Os moicanos de Paris. Estreia de Rômulo, A juventude de Luís XIV e A consciência. 1855: Termina a publicação de Os moicanos de Paris. 1856: Estreia de Oréstia, A torre Saint-Jacques e O ferrolho da rainha. Vai a Varennes para se informar sobre a fuga de Luís XVI. 1857: Auguste Maquet move processo contra Dumas por acertos atrasados de direitos autorais e para “recuperar sua propriedade” sobre livros escritos em colaboração. Dumas faz uma curta viagem à Inglaterra com seu filho para assistir às corridas em Epsom. Criação do Monte Cristo, “semanário dedicado a romances, história, viagem e poesia” (último número em 1862), redigido por ele. 1858: Publica O capitão Richard. Processo Dumas-Maquet: o tribunal concede a Maquet 25% dos direitos autorais, mas não reconhece seu direito de propriedade sobre as obras escritas em colaboração com Dumas. jun: Partida para a Rússia, convidado por amigos. 1859, mar: Retorna à França. Publica suas Impressões de viagem no Monte Cristo e no Constitutionnel. Ida Ferrier morre em Gênova. Curta visita a Victor Hugo, então exilado na ilha de Guernsey. Caso com a jovem atriz Emélie Cordier. 1860: Publica A casa de gelo, A estrada de Varennes e Conversas. Estreia de diversas peças. Faz uma viagem à Itália acompanhado por Emélie Cordier, com quem tem uma filha, não reconhecida por ele. set: Embarca na pequena escuna que mandara construir em Marselha e participa da expedição à Sicília ao lado de Garibaldi, que o nomeia curador dos museus de Nápoles. 1861: Estreia de O prisioneiro da Bastilha. 1862: Fracasso de uma segunda peça sobre Monte Cristo. 1864: Retorna a Paris, acompanhado de sua amante, a cantora italiana Fanny Gordosa. Estreia de Os moicanos de Paris. Viagem ao sul da França. 1865: Publicação da edição definitiva das Impressões da viagem à Rússia. Encena Os forasteiros em Lyon, quando assume a direção do Grande Teatro Parisiense. 1866: Aluga no bulevar Malesherbes o apartamento que será sua última residência em Paris. jun: Temporada em Nápoles e Florença. jul: Viaja à Alemanha e à Áustria para preparar um romance. Relança O Mosqueteiro, que será publicado até abril de 1867. 1867: Publica Os brancos e os azuis, O terror prussiano e Os homens de ferro. Caso com a atriz norte-americana Adah Menken. 1868: Publica História de meus animais e Recordações dramáticas. fev: Primeiro número de D’Artagnan, “jornal de Alexandre Dumas”. Estreia de Madame de Chamblay. Morte de Catherine Labay, mãe de Dumas filho. 1869: Trabalha no Grande dicionário de culinária. 1870, set: Já com a saúde debilitada, sofre um derrame cerebral que o deixa semi-paralítico. Instala-se então na casa de campo do filho, em Puy s, região balneária de Dieppe. 5 dez: Morre em Neuville-les-Pollet, lugarejo próximo, onde é provisoriamente sepultado. 1872: Sepultamento oficial em Villers-Cotterêts. 1883: Inauguração na praça Malesherbes, em Paris, da estátua de Alexandre Dumas, tendo a seus pés d’Artagnan e uma constelação de leitores, de autoria de Gustave Doré. 2002, 30 nov: No ano do bicentenário de seu nascimento, seus restos mortais são trasladados para o Panthéon, em Paris.


Nenhum comentário:

Postar um comentário