domingo, 3 de dezembro de 2017

T2 N° 764 : Os montes Cárpatos

Os montes Cárpatos

Sou polonesa, nasci em Sandomir,102 quer dizer, num país onde as lendas são artigos de fé, onde acreditamos nas tradições de família tanto ou mais que no Evangelho. Nenhum de nossos castelos deixa de ter seu espectro, nenhuma de nossas choupanas é destituída de seus espíritos do lar. Na casa do rico e na casa do pobre, no castelo e na choupana, identificamos tanto o princípio amigo como o princípio inimigo. Às vezes esses dois princípios entram em guerra e lutam, provocando ruídos tão misteriosos nos corredores, rugidos tão atrozes nas velhas torres, abalos tão assustadores nas paredes que fugimos tanto da choupana como do castelo, e camponeses ou fidalgos acorrem à igreja para procurar a cruz benta ou as sagradas relíquias, únicas proteções contra os demônios que nos atormentam. Mas então dois princípios mais terríveis, mais encarniçados, mais implacáveis ainda, se confrontam: a tirania e a liberdade. O ano de 1825 assistiu a Rússia e Polônia travarem uma dessas lutas nas quais acreditaríamos ter se extinguido todo o sangue de um povo, como muitas vezes se extingue o de uma família.103 Meu pai e meus dois irmãos haviam se amotinado contra o novo czar e se alinhado sob a bandeira da independência polonesa, sempre derrubada, sempre reerguida. Um dia, recebi a notícia de que meu irmão mais moço fora assassinado. Em outro dia, fui avisada de que o meu irmão mais velho fora mortalmente ferido. Por fim, após um dia em que eu escutara aterrorizada, o barulho dos canhões se aproximando cada vez mais, vi meu pai chegar com uma centena de cavaleiros, destroços dos três mil homens que ele comandava. Vinha confinar-se em nosso castelo, com a intenção de ser sepultado por suas ruínas. Meu pai, que nada temia por ele, tremia por mim. Com efeito, sua morte era certa, pois estava fora de questão ele cair vivo nas mãos de seus inimigos. No meu caso, porém, tratava-se da escravidão, da desonra, da vergonha! Entre os cem homens que lhe restavam, meu pai escolheu dez. Chamou o intendente, entregou-lhe todo o ouro e joias que possuíamos. Lembrando que, por ocasião da segunda divisão da Polônia, minha mãe, ainda criança, encontrara um refúgio inacessível no mosteiro de Sarrastro, situado nos montes Cárpatos, ordenou-lhe que me conduzisse a esse mosteiro, o qual, hospitaleiro para a mãe, decerto não o seria menos para a filha.104 A despeito do grande amor que meu pai sentia por mim, as despedidas tiveram de ser rápidas. Tudo indicava que no dia seguinte os russos avistariam o castelo. Logo, não havia tempo a perder. Vesti às pressas um traje de montaria, com o qual costumava acompanhar meus irmãos na caçada. O cavalo mais confiável das cocheiras foi selado para mim, meu pai colocou em meu embornal seus próprios pistoletes, obra-prima da manufatura de Tula,105 me beijou e deu ordem de partida. Durante a noite e ao longo do dia seguinte, percorremos oitenta quilômetros, acompanhando as margens de um desses rios sem nome que vêm se lançar no Vístula.106 Ultrapassada essa primeira etapa, estávamos fora do alcance dos russos. Aos últimos raios de sol, vimos faiscarem os cumes nevados dos montes Cárpatos. No fim do dia seguinte, alcançamos sua base. Por fim, na manhã do terceiro dia, penetramos num de seus desfiladeiros. Nossos montes Cárpatos não se parecem em nada com as montanhas civilizadas do Ocidente dos senhores. Tudo que a natureza tem de estranho e grandioso neles se oferece aos olhares em sua mais completa majestade. Seus picos tempestuosos perdem-se nas nuvens, cobertos pelas neves eternas; suas imensas florestas de pinheiros debruçam-se sobre o espelho polido de lagos iguais a mares; e nunca uma canoa percorreu esses lagos, nunca uma rede de pescador perturbou seu cristal, profundo como o anil do céu. Neles, com dificuldade a voz humana reverbera de tempos em tempos, entoando um canto moldávio ao qual respondem os gritos dos animais selvagens. Canto e gritos despertarão algum eco solitário, admiradíssimo que um rumor qualquer lhe tenha dado noção de sua própria existência. Milhas a fio, viaja-se sob as abóbadas escuras de bosques cortados por essas maravilhas inesperadas que a solidão nos revela a cada passo e que nos fazem passar do espanto à admiração. Neles, o perigo está em toda parte e se compõe de mil armadilhas diferentes, mas não temos tempo de temê- las, de tão sublimes que são. Ora vemos cachoeiras improvisadas pelo derretimento do gelo, saltando de pedra em pedra e invadindo subitamente a trilha estreita que percorremos, aberta pela passagem da besta feroz e do caçador que a persegue; ora passamos por árvores solapadas pelo tempo, que se separam do solo e tombam com um estrépito terrível, evocando o de um terremoto; ora, finalmente, surgem os furacões que nos envolvem em nuvens em meio às quais vemos nascer, esticar-se e colear o raio, qual uma serpente de fogo. Depois de atravessar picos rochosos e florestas primitivas, da mesma forma que tivemos montanhas gigantes, da mesma forma que tivemos bosques sem limites, temos agora estepes sem fim, verdadeiro mar com suas ondas e tempestades, savanas áridas e acidentadas onde a vista se perde num horizonte ilimitado. Então não é mais o terror que se apodera da gente: é a tristeza que nos inunda; é uma vasta e profunda melancolia que nada é capaz de nos fazer esquecer. Pois o aspecto do país, vá o seu olhar tão longe quanto quiser, é sempre o mesmo. Subimos e descemos vinte vezes escarpas idênticas, em vão procurando o caminho pré-estipulado. Vendo-nos assim perdidos, em nosso isolamento em meio aos desertos, julgamo-nos sós na natureza e nossa melancolia vira desolação. Com efeito, a marcha parece agora uma coisa inútil, que não levará a nada. Não encontramos nem aldeia, nem castelo, nem choupana, nenhum vestígio de habitação humana. Às vezes apenas, como uma tristeza a mais nessa paisagem tediosa, uma lagoa sem juncos, sem arbustos, adormecida no fundo de uma ravina como outro mar Morto, obstrui o caminho com suas águas verdes, acima das quais alçam voo, à nossa aproximação, algumas aves aquáticas, de pios compridos e desafinados. Fazemos então um desvio, escalamos a colina que está à nossa frente, descemos num outro vale, escalamos outra colina, e isso perdura até esgotarmos a cordilheira denteada, cujas altitudes vão aos poucos diminuindo. Porém, esgotada a cordilheira, se dobramos para o sul, a paisagem recupera a grandiosidade e avistamos outra cordilheira de montanhas ainda mais altas, de formas ainda mais pitorescas, de aspecto ainda mais exuberante. Esta é inteiramente coberta por florestas e cortada por ribeirões. Com a sombra e a água, a vida renasce na paisagem. Ouvimos o sino de um eremitério, vemos serpentear caravanas no flanco de alguma montanha. Finalmente, aos últimos raios de sol distinguimos, como um bando de pássaros brancos apoiados uns nos outros, as casas de alguma aldeia que parecem ter se agrupado contra algum ataque noturno, pois, com a vida, o perigo voltou, e não são mais, como nos primeiros montes que atravessamos, bandos de ursos e lobos que devemos temer, mas hordas de salteadores moldávios que devemos combater. A essa altura, já nos aproximávamos. Dez dias de marcha se haviam passado sem acidentes. Podíamos perceber o cume do monte Pion, que sobranceia em uma cabeça toda aquela família de gigantes, em cuja vertente meridional localiza-se o convento de Sarrastro, meu destino. Mais três dias e lá estaríamos. Era fim de julho, o dia havia sido escaldante e foi com uma volúpia inaudita que, por volta das quatro horas, começamos a aspirar os primeiros frescores do crepúsculo. Havíamos passado pelas torres em ruína de Nianzo. Estávamos descendo em direção a uma planície e começando a avistá-la pela brecha das montanhas. Já podíamos, de onde estávamos, acompanhar com os olhos o curso do Bistrita,107 com suas praias esmaltadas por vermelhas afrinas e grandes campânulas de flores brancas. Flanqueávamos um precipício no fundo do qual descia o rio, que nesse ponto não passava de uma corredeira. Nossas montarias mal tinham espaço para avançarem duas lado a lado. Nosso guia mantinha-se à frente, deitado de lado sobre seu cavalo, cantando uma canção morlaca108 com modulações monótonas e cujos versos eu acompanhava com especial interesse. O cantor era ao mesmo tempo o poeta. Quanto à melodia, teríamos de ser um montanhês para reproduzi-la em toda a sua selvagem tristeza e melancólica simplicidade. Eis os versos: Nos pântanos de Stávila, Onde o sangue fervilhava, Vê aquele cadáver? Não é um filho da Ilíria;109 É um bandoleiro cheio de ira Que, enganando a doce Maria, Dizimava, urdia, queimava. Uma bala atravessou o coração Do bandoleiro, qual um furacão. Em sua garganta, vê-se um iatagã.110 Mas há três dias, ó mistério!, Sob o pinheiro ermo e funéreo, Seu tépido sangue irriga a terra E escurece o pálido Ovigan. Seu olho azul para sempre acendeu, Fujamos todos! Infeliz do sandeu Que atravessa o pântano ao léu, É um vampiro! O lobo pardacento Afastou-se do cadáver pestilento, E, no cume calvo e atento, O fúnebre vampiro se escondeu.111 Subitamente, ouvimos o disparo de uma arma de fogo e o silvo de uma bala. A canção foi interrompida e o guia, atingido mortalmente, rolou para o fundo do precipício, enquanto seu cavalo estacava fremente, esticando a cabeça inteligente para o abismo onde seu dono desaparecera. Ao mesmo tempo, um grito estridente ecoou e vimos uns trinta bandidos surgirem nos flancos da montanha. Estávamos cercados. Soldados veteranos acostumados ao fogo, meus companheiros não se deixaram intimidar. Embora pegos desprevenidos, todos empunharam suas armas e reagiram. Eu mesma, dado o exemplo, empunhei um pistolete e, constatando nossa posição desvantajosa, gritei: “Em frente!”, acelerando meu cavalo em direção à planície. Mas estávamos lidando com montanheses que saltavam de rochedo em rochedo como autênticos demônios dos abismos, abrindo fogo enquanto se moviam e mantendo, com relação a nosso flanco, a posição que haviam conquistado. Para piorar, nossa manobra fora prevista. Num ponto em que o caminho se alargava e a montanha formava um platô, um rapaz nos esperava à frente de uma dúzia de indivíduos a cavalo. Ao nos avistarem, eles esporearam suas montarias e vieram barrar nossa passagem, enquanto os que nos perseguiam, deslizando dos flancos da montanha e nos cortando a retirada, terminavam de nos encurralar. Embora fosse grave a situação, eu pude, acostumada desde a infância às cenas de guerra, observá-la sem perder um detalhe. Todos aqueles homens, vestindo peles de carneiro, usavam imensos chapéus redondos e enfeitados com flores naturais, como os dos húngaros. Todos empunhavam longas espingardas turcas, que brandiam após atirarem, soltando gritos selvagens, e no cinto tinham ainda um sabre curvo e um par de pistoletes. Quanto a seu chefe, era um rapaz de apenas vinte e dois anos, tez pálida, olhos negros puxados, cabelos caindo cacheados nos ombros. Seu traje compunha-se da túnica moldávia guarnecida de peles, cingida por uma faixa de pano com fitas de ouro e seda. Um sabre curvo reluzia em sua mão, quatro pistoletes faiscavam-lhe no cinto. Durante o combate, emitia gritos roucos e desarticulados, que pareciam não pertencer à língua humana e, não obstante, exprimiam vontades, pois a esses gritos seus homens obedeciam, lançando-se rente ao chão para evitar os disparos de nossos soldados, erguendo-se para abrirem fogo, abatendo os que permaneciam de pé, liquidando os feridos e transformando, por fim, o combate em carnificina. Eu vira cair, um após o outro, dois terços de meus defensores. Quatro ainda permaneciam de pé, cerrando fileiras à minha volta, sem pedir clemência, que tinham certeza de não obter, e só desejando uma coisa: vender suas vidas o mais caro possível. Então o jovem chefe lançou um grito mais expressivo, apontando o sabre em nossa direção. Sem dúvida era uma ordem para que envolvessem num círculo de ferro aquele último grupo e nos fuzilassem todos de uma vez, pois os longos mosquetões moldávios assestaram a mira simultaneamente. Compreendi que era chegada nossa hora. Ergui olhos e mãos para o céu, numa última prece, e esperei a morte. Naquele momento vi não descer, mas precipitar-se, saltar de pedra em pedra, um rapaz. Ele parou de pé sobre uma rocha que dominava toda a cena, feito uma estátua no pedestal, e, estendendo a mão sobre o campo de batalha, pronunciou esta única palavra: — Basta! A essa voz, todos os olhos se ergueram e pareceram obedecer ao novo senhor. Um único bandido recolocou o fuzil no ombro e desferiu um tiro. Um de nossos homens deu um grito: a bala quebrara-lhe o braço esquerdo. Voltou-se imediatamente para investir contra o homem que o atingira, mas, antes que seu cavalo desse quatro passos, um clarão brilhou acima de nossas cabeças e o bandido rebelde rolou no chão, a cabeça arrebentada por uma bala. Tantas e tão díspares emoções haviam exaurido minha forças, e desmaiei. Quanto voltei a mim, estava deitada na relva, com a cabeça no colo de um homem do qual eu só via a mão branca e coberta de anéis enlaçando minha cintura, enquanto, à minha frente, de pé, de braços cruzados e com um sabre entre eles, estava o jovem chefe moldávio que liderara o ataque contra nós. — Kostaki — disse em francês, e com um tom de autoridade na voz, aquele que me sustentava —, vá agora mesmo retirar seus homens e deixe-me cuidar da jovem mulher.

Ele parou de pé sobre uma rocha que dominava toda a cena, feito uma estátua no pedestal, e, estendendo a mão sobre o campo de batalha, pronunciou esta única palavra: “Basta!” — Meu irmão, meu irmão — respondeu aquele a quem tais palavras eram dirigidas e que mal parecia conter-se —, não abuse de minha paciência: deixolhe o castelo, deixe-me a floresta. No castelo, você é soberano, mas aqui sou todo-poderoso. Aqui, basta-me uma palavra para obrigá-lo a me obedecer. — Kostaki, sou o mais velho, isso significa que sou soberano em toda parte, na floresta e no castelo, lá e aqui. Oh, como você, tenho sangue dos Brancovan,112 sangue real acostumado a mandar, e estou mandando. — Você pode mandar em seus lacaios, Gregoriska; em meus soldados, não. — Seus soldados são bandoleiros, Kostaki… bandoleiros que, se não me obedecerem imediatamente, mandarei enforcar nas ameias de nossas torres. — Muito bem! Tente então fazê-los obedecer. Senti que o homem que me sustentava ia retirando seu joelho e pousando minha cabeça delicadamente sobre uma pedra. Meu olhar seguiu-o com ansiedade e identifiquei-o como o jovem que caíra do céu, por assim dizer, no meio da refrega, o qual antes eu pudera apenas entrever, tendo desmaiado justamente enquanto ele começara a falar. Era um rapaz de vinte e quatro anos, alto, com grandes olhos azuis, nos quais se lia uma determinação e firmeza singulares. Seus cabelos compridos e louros, marca da raça eslava, caíam sobre seus ombros como os do arcanjo Miguel, emoldurando faces jovens e cheias de vida. Seus lábios eram realçados por um sorriso desdenhoso e revelavam uma dupla arcada de pérolas. Seu olhar era penetrante, como se pudesse atravessar uma águia com um raio. Vestia uma espécie de túnica de veludo negro, e um pequeno gorro semelhante ao de Rafael,113 adornado com uma pena de águia, cobria-lhe a cabeça. Usava uma calça justa e botas bordadas. No cinturão, uma grande faca de caça e, a tiracolo, uma pequena carabina de dois tiros, cuja precisão um dos bandidos pudera apreciar. Ele estendeu a mão, e aquela mão estendida parecia dar ordens ao próprio irmão. Pronunciou algumas palavras em língua moldávia. Essas palavras pareceram causar uma profunda impressão nos bandidos. Então, na mesma língua, o jovem chefe falou por sua vez, e percebi que suas palavras eram um misto de ameaças e imprecações. Porém, diante daquele discurso longo e fogoso, o mais velho dos irmãos respondeu com uma única palavra. Os bandidos inclinaram-se. Fez um gesto, os bandidos posicionaram-se atrás de nós. — Pois bem, seja, Gregoriska — disse Kostaki, voltando à língua francesa. — Essa mulher não irá para meu abrigo nas montanhas, mas nem por isso deixará de ser minha. Julgo-a bela, conquistei-a e a quero. E, dizendo essas palavras, lançou-se sobre mim e me ergueu nos braços. — Essa mulher será conduzida ao castelo e entregue à minha mãe. Não a abandonarei daqui até lá — respondeu meu protetor. — Meu cavalo! — gritou Kostaki em língua moldávia. Dez bandidos correram para obedecer e trouxeram para seu chefe o cavalo que ele pedia.

Mesmo comigo nos braços, Kostaki montou tão ligeiramente quanto o irmão e partiu a galope. Gregoriska olhou à sua volta, agarrou pela rédea um cavalo sem dono e saltou sobre ele sem ao menos tocar nos estribos. Mesmo comigo nos braços, Kostaki montou tão ligeiramente quanto o irmão e partiu a galope. O cavalo de Gregoriska pareceu ter recebido o mesmo impulso e veio emparelhar cabeça e flanco com o cavalo de Kostaki. Era curioso ver aqueles dois cavaleiros voando lado a lado, sombrios, silenciosos, sem se perderem de vista um instante, sem parecerem olhar-se, abandonando-se a seus cavalos, cuja carreira desenfreada os transportava através de bosques, rochedos e precipícios. Com a cabeça reclinada, pude ver melhor os belos olhos de Gregoriska fixados nos meus. Kostaki percebeu, levantou minha cabeça e passei a ver apenas seu olhar soturno me devorando. Abaixei as pálpebras, mas foi em vão. Através delas, continuei a ver aquele olhar lancinante penetrando até o fundo de meu peito e me trespassando o coração. Nesse momento, tive uma estranha alucinação. Pareceu-me ser a Leonora da balada de Bürger,114 carregada por um cavalo e um cavaleiro fantasmas, e, quando senti que parávamos, abri os olhos com terror, de tal forma estava convencida de que não veria à minha volta senão cruzes quebradas e túmulos abertos. O que vi não era nada alegre: era o pátio interno de um castelo moldávio, construído no século XIV.


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